Mais três municípios mato-grossenses foram retirados da lista crítica dos maiores desmatadores da Floresta Amazônica: Brasnorte, Feliz Natal e Marcelândia. Com a oficialização já conferida por meio da Portaria nº 412, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), os municípios vão para o seleto grupo onde o desmatamento é considerado sob controle. Ao todo, são cinco cidades do Estado nesta mesma condição. Outras 19 continuam.

Ainda em maio, reportagem de Agrodebate adiantou, com exclusividade, a saída de Marcelândia. Entre os requisitos cumpridos estão a queda no desmatamento, queimadas, bem como a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em pelo menos 80% das propriedades rurais. A emissão do CAR ganhou impulso após o município receber US$ 1,5 milhão do governo da Noruega.

Segundo o governo, os municípios vão ser considerados prioritários na alocação de incentivos econômicos e fiscais, planos, programas e projetos da União, com foco no desenvolvimento econômico, social e sustentável.

"Esses municípios conseguiram reduzir o desmatamento e fazer mais de 80% de Cadastro Ambiental Rural (CAR) em meio a uma situação de bastante adversidade", avalia Irene Duarte, coordenadora da Iniciativa Municípios Sustentáveis do Instituto Centro de Vida (ICV). Mas o desafio, conforme a representante, é estender a outros municípios os mesmos benefícios.

"Sejam aqueles que ainda estão na lista, ou aqueles que não estão nela, para que não corram o risco de voltar", citou. Em Mato Grosso, a organização não governamental trabalha na construção de uma proposta de municípios sustentáveis.

Pertencer à lista suja resultou em sanções e determinou o embargo ao crédito rural para propriedades sem o CAR. Querência e Alta Floresta foram as primeiras a deixá-la.

Fora de MT

Brasil Novo e Tailândia, ambos no Pará, também tiveram o desmatamento considerado sob controle.